Processo de criação

Nosso ponto de partida para as histórias:
. Pesquisas de imagens e descrição histórica (visando recriar cenas e cenários da época da criação da Companhia de Fiação e Tecidos Cedro e Cachoeira).
. Aspectos da Indústria em Juiz de Fora. O pioneirismo da 1ª usina hidrelétrica da América Latina.
. Construções arquitetônicas no entorno do Centro Cultural Bernardo Mascarenhas.
. Pesquisa de costumes, vestuário, veículos e características de Juiz de Fora no fim do séc. XIX. A influência de imigrantes italianos, alemães, sírio-libaneses e outros grupos.
. A presença de grande número de escravos na região e a contribuição dos afro-descendentes na região de Juiz de Fora. A presença de escravos nas fábricas da região.
. Perfil político, educacional e cultural de nossa região.

- A parte de suporte de pesquisa de textos e imagens ficou por conta de Rose Valverde, Sonia  das Graças Oliveira e Alcione Bracher.

Sonia e Alcione



Rose


As etapas do processo de criação dos desenhos: 
Roteiro - confecção das histórias adaptadas aos quadrinhos.
Storyboard - Layout das páginas, planejamento dos quadros
Criação dos Desenhos  - esboço e arte final
Colorização das Histórias - após o escaneamento dos  desenhos a colorização foi realizada em programas gráficos (photoshop e corel painter)
Montagem e diagramação final: realizado no CorelDRAW. Preparação de arquivos para a gráfica.

João, Sara e Leonardo       /         Leonardo e Rose

Credito e resumo das histórias:

- A Historia de Bernardo Mascarenhas 

Roteiro de Sonia das Graças Oliveira Silva, 
Storyboard  de Sara  Maria Manso Siqueira
Ilustração de Leonardo Paiva
Colorização digital e letramento de Rose Valverde

Os quadrinhos relatam a sua vida, as obras realizadas por Bernardo, a sua morte, os monumentos em sua honra, enfim, um rápido resumo de todo o trabalho que esse homem semeou durante toda a sua vida.
A história se passa inicialmente nas ruas de Juiz de Fora mostrando as construções históricas no entorno do espaço Mascarenhas.
Bernardinho encontra dois garotos que conversam sobre Bernardo Mascarenhas e tiram suas dúvidas com o avô de um deles que sabe tudo da vida do famoso industrial, da instalação da fábrica de tecidos Cedro, da utilização de energia elétrica. Lembra que Bernardo foi diretor do Banco de Crédito Real, e ajudou a fundar a Academia de Comércio e muito mais.


- A Passagem secreta

Roteiro de Sonia das Graças Oliveira Silva,
Storyboard de João Luiz  de Souza Miranda, 
Ilustração e colorização digital de Felipe Rocha, 
Letramento de Felipe Rocha e Rose Valverde.

Esta história começa numa sala de aula no CEM.  Neste espaço funcionava um depósito e varejo da Fábrica de Tecidos de Bernardo Mascarenhas. Depois de uma conversa intrigante com seus alunos sobre a existência de passagens secretas e fantasmas que perambulavam pelo espaço Mascarenhas, a professora Rose e os professores João e Gabriel ficam até mais tarde no CEM para organizar uma 'Mostra de Arte'.

- A conquista - Início do CCBM

Roteiro de Rose Valverde e Sonia das Graças Oliveira Silva
Storyboard de Sara Maria Manso Siqueira, 
Ilustração de Rosangela Martins e Pablo de Oliveira Fernandes (mãe e filho - ex-alunos de desenho artístico e desenho em quadrinhos do CEM), 
Colorização digital e letramento de Rose Valverde.

A transformação da Fábrica na criação do complexo do qual fazem parte o CCBM, Centro Cultural Bernardo Mascarenhas, a Biblioteca Municipal Murilo Mendes, o Mercado Municipal e o CEM. Esta história faz um paralelo entre o presente e o passado. A artista plástica Nívea Bracher e seus amigos contam como foi o início da história da transformação da antiga fábrica de tecidos Mascarenhas em centro cultural, o Centro Cultural Bernardo Mascarenhas – CCBM.
A preocupação dos artistas da época em preservar os espaços públicos os levou a fazer uma mobilização para preservar o espaço Mascarenhas. Saíram todos os artistas e pessoas participantes, como um bloco nas ruas, carregando faixas com os dizeres 'Mascarenhas, meu amor'. Nos quadrinhos são citados vários nomes de pessoas que lutaram pelo espaço cultural, desde simpatizantes da causa, artistas e até políticos.

- "Apenas nos preservando"

Roteiro, storyboard, ilustração, colorização digital e letramento de João Luiz de Souza Miranda.
Realização de arte para os banners: 
1-  Localização das esculturas que fazem parte da história e seu posicionamento num mapa da regão central de JF.
2 - Painel retratando vários imóveis tombados em Juiz de Fora.
. executado por João Luiz de Souza Miranda


Em uma ensolarada manhã de domingo, um mistério ronda Juiz de Fora: as estátuas do monumento a Bernardo Mascarenhas desaparecem. Apenas uma mensagem pichada na base do monumento parece ser a pista derradeira para o sumiço: "Apenas nos preservando". Ao longe as estátuas correm da depredação que sofrem. Insatisfeitas, entram em uma pequena jornada de reflexão e debate sobre sua função e preservação.
"Apenas nos preservando" busca dialogar com o jovem e informar sobre o patrimônio histórico, artístico e cultural de nossa cidade, as estátuas são o reflexo de ânsias e lutas da preservação da identidade e memória de Juiz de Fora e do paradoxo que o dito progresso pode causar na identidade da cidade. Conscientização aliada à diversão.



- Os braços de Juiz de Fora

Roteiro e storyboard de João Luiz de Souza Miranda, 
Ilustração de Sara Maria Manso Siqueira
Colorização digital e letramento de João Luiz de Souza Miranda e Sara Maria Manso Siqueira.

1889, uma jovem negra tenta sobreviver em Juiz de Fora pós-abolição da escravatura. Entre grandes sofrimentos e pequenas alegrias, um sonho se apodera e inunda o coração da menina: trabalhar na Fábrica de Tecidos Mascarenhas, e com isso mudar sua vida de vez. Sob o chamado do destino ela luta, será que triunfará?
Nessa trama, que alia ficção e a realidade de muitos negros que viveram a caótica realidade da pós abolição, mostramos o quanto a força dos negros (apesar de todas as dificuldades que lhes foram, e ainda são, impostas), foi vital para a construção de nossa cidade. 
Sem fugir da luta e de suas origens, o quadrinho valoriza quem foram "Os braços de Juiz de Fora".